terça-feira, 11 de março de 2014

Jéssica Pereira estreia nos Jogos Sul-americanos para colocar mais uma medalha no quadro da família

O judô geralmente é uma tradição de família. E os Pereira, da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, são um bom exemplo disso. São cinco irmãos – Osvaldo, Anderson, Igor, Jéssica e Carolina – e o primo Ricardo vivendo a modalidade. A representante mais famosa é a jovem Jéssica Pereira, de apenas 19 anos, a primeira a conseguir chegar na seleção brasileira sênior, depois de vencer a segunda etapa da Seletiva Rio 2016, em dezembro do ano passado. Aliás, 2013 foi um excelente ano para a atleta da categoria meio-leve. Ela foi vice-campeã mundial sub 21 em Ljubljana, capital da Eslovênia, e vice-campeã pan-americana em Buenos Aires.

“A minha melhor lembrança dentro do judô é mesmo o Mundial. Foi uma sensação maravilhosa”, disse Jéssica.

A estreia dela vestindo o quimono da equipe principal do Brasil foi no Grand Slam de Paris, uma das competições mais tradicionais e de maior nível técnico do Circuito Mundial. Ela foi derrotada logo na estreia para a canadense Ecaterina Guica. Depois, ela seguiu treinando com a equipe de base Junior – da qual é titular – em Paris. O objetivo agora é melhorar. E ela sabe que os Jogos Sul-americanos são uma boa oportunidade para conquistar a primeira medalha pela seleção principal.

“Eu me preparei muito bem para essa competição. Treinei forte para poder ganhar uma medalha, de preferência de ouro. Mas o meu objetivo é lutar melhor do que fiz no Grand Slam de Paris, que estava muito forte”, disse. 

A história da família Pereira no judô começou quando, em 2000, a mãe dela, Dona Imara, decidiu matricular os filhos mais velhos Osvaldo, Anderson e Igor nas aulas de natação de um projeto social no Fundão. Porém, quando chegaram ao local de inscrição, não havia mais vagas. Para não perder a viagem e a oportunidade de colocar os meninos para praticarem algum esporte, Imara os colocou no curso de judô.

“Comecei a fazer judô em 2001. Eu sempre ia ver os meus irmãos treinando e de tanto ir lá, o professor acabou me chamando para fazer. Os meus irmãos foram grandes apoiadores”, comentou.

Agora, quatro dos cinco irmãos lutam pelo Instituto Reação, presidido pelo medalhista olímpico Flávio Canto, de quem recebem uma ajuda de custo. Uma família unida pelo judô. É por isso que Jéssica não tem dúvidas sobre qual a primeira coisa que vai fazer se chegar ao pódio dos Jogos Sul-americanos e onde vai guardar a medalha.

“Vou dar um jeito de comemorar com a minha família e depois colocar a medalha junto com as outras no quadro que temos em casa”, comentou sorrindo.

Crédito da Foto: Washington Alves/Inovafoto/COB 

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