
“A gente se sente um herói mesmo ganhando medalha no Japão. É
diferente de tudo”, diz a campeã olímpica Sarah Menezes, que conquistou sua
primeira medalha mundial em Tóquio/2010 e subiu ao pódio em mais três edições
de Grand Slam na capital japonesa. “Sem falar no aspecto emocional, lutar o
Grand Slam de Tóquio é mais duro do que qualquer outro evento, já que a chave
tem quatro japoneses. Mas meu objetivo não muda: é sempre estar no pódio”,
afirma a peso ligeiro, que compete já no primeiro dia.
O peso leve Marcelo Contini, por sua vez, está no Japão pela
primeira vez. E não deixou de, antes do treino, visitar o Museu da Kodokan, com
fotos e objetos históricos do judô.
“É incrível pensar que existe um lugar como esse. São oito
andares dedicados ao judô. A gente encontra nossos ídolos nos corredores. É
realmente diferente de tudo”, comenta Contini, inspirado também pelos cartazes
dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, espalhados por salas e corredores da
Kodokan.
Já a meio-médio Katherine Campos vai aproveitar a passagem pelo
templo do judô para incrementar seu trabalho de conclusão de curso na
universidade. A atleta se forma em Educação Física no meio de 2014.
“Vou tirar fotos e me aprofundar sobre a filosofia do judô.
Desde pequena estudo esses valores e, quando comecei, não podia imaginar que um
dia estaria aqui competindo”, disse Katherine, estreante também em competições
no Japão.
O Brasil será representado no Grand Slam de Tóquio por 24
atletas, dois por categoria (tirando meio-médio masculino e meio-pesado
feminino, onde não há representantes). É a maior delegação brasileira já
enviada para uma competição no Japão. A viagem foi paga com recursos federais
através da Lei de Incentivo ao Esporte.
“Temos uma equipe experiente e ao mesmo tempo jovem aqui. São os
dois primeiros atletas brasileiros no ranking mundial em suas categorias. Com
isso buscamos não apenas mais pontos na classificação, como também dar a
vivência de uma competição desse calibre para os mais novatos. Lutar no Japão é
especial para qualquer judoca”, afirma o coordenador técnico da seleção
brasileira de judô, Ney Wilson.
No Japão, a comissão técnica é composta por Ney Wilson, os
técnicos Luis Shinohara, Rosicleia Campos e Mario Tsutusi; o fisioterapeuta
Gláucio Paredes; o estrategista Leonardo Mataruna; o massoterapeuta Peter
Strubreiter; e a nutricionista Gisele Lemos.
Créditos: www.cbj.com.br
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