quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Seleção brasileira se inspira na Kodokan para estrear no Grand Slam de Tóquio

O último treino antes da estreia no Grand Slam de Tóquio foi mais do que um ajuste técnico e físico. Foi também uma preparação mental.  No lendário dojô da Kodokan, a maior delegação brasileira já enviada a uma competição no Japão se inspirou nos ensinamentos de Jigoro Kano para brilhar nos tatames do Ginásio Metropolitano de Tóquio a partir do dia 29 (sexta). Serão três dias de torneio até domingo.

“A gente se sente um herói mesmo ganhando medalha no Japão. É diferente de tudo”, diz a campeã olímpica Sarah Menezes, que conquistou sua primeira medalha mundial em Tóquio/2010 e subiu ao pódio em mais três edições de Grand Slam na capital japonesa. “Sem falar no aspecto emocional, lutar o Grand Slam de Tóquio é mais duro do que qualquer outro evento, já que a chave tem quatro japoneses. Mas meu objetivo não muda: é sempre estar no pódio”, afirma a peso ligeiro, que compete já no primeiro dia.

O peso leve Marcelo Contini, por sua vez, está no Japão pela primeira vez. E não deixou de, antes do treino, visitar o Museu da Kodokan, com fotos e objetos históricos do judô.

“É incrível pensar que existe um lugar como esse. São oito andares dedicados ao judô. A gente encontra nossos ídolos nos corredores. É realmente diferente de tudo”, comenta Contini, inspirado também pelos cartazes dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, espalhados por salas e corredores da Kodokan.

Já a meio-médio Katherine Campos vai aproveitar a passagem pelo templo do judô para incrementar seu trabalho de conclusão de curso na universidade.  A atleta se forma em Educação Física no meio de 2014.
“Vou tirar fotos e me aprofundar sobre a filosofia do judô. Desde pequena estudo esses valores e, quando comecei, não podia imaginar que um dia estaria aqui competindo”, disse Katherine, estreante também em competições no Japão.

O Brasil será representado no Grand Slam de Tóquio por 24 atletas, dois por categoria (tirando meio-médio masculino e meio-pesado feminino, onde não há representantes). É a maior delegação brasileira já enviada para uma competição no Japão. A viagem foi paga com recursos federais através da Lei de Incentivo ao Esporte.
“Temos uma equipe experiente e ao mesmo tempo jovem aqui. São os dois primeiros atletas brasileiros no ranking mundial em suas categorias. Com isso buscamos não apenas mais pontos na classificação, como também dar a vivência de uma competição desse calibre para os mais novatos. Lutar no Japão é especial para qualquer judoca”, afirma o coordenador técnico da seleção brasileira de judô, Ney Wilson.
No Japão, a comissão técnica é composta por Ney Wilson, os técnicos Luis Shinohara, Rosicleia Campos e Mario Tsutusi; o fisioterapeuta Gláucio Paredes; o estrategista Leonardo Mataruna; o massoterapeuta Peter Strubreiter; e a nutricionista Gisele Lemos.


Créditos: www.cbj.com.br

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