
“Não sou do judô, sou do jiu-jitsu. Mas
quando eu morei na Espanha, foram cerca de 10 anos, e eu não tinha lugar para
treinar o jiu-jitsu que eu queria – já estava na faixa azul -, comecei a
trabalhar o jiu-jitsu tradicional, mas não me adaptei e fui procurar um
treinamento mais forte. Foi aí que passei a treinar com a seleção olímpica de
judô da Espanha. O professor que me iniciou nesses treinos foi o sensei Carlos
Sotillo, técnico da seleção espanhola à época. Eu tinha começado na faixa azul
de jiu-jitsu e teve um momento que eu praticava tanto com eles, porque era o
treino que eu queria, que acabei pegando a faixa marrom de judô.
A única competição de judô que eu
participei foi uma por equipes, na Espanha. E fiz só uma luta, onde consegui
finalizar meu oponente. Ele tentou me puxar num ‘balão’ e eu passei a guarda
dele e peguei o braço. E essa foi minha única luta competitiva de judô”, conta
um dos mentores da versão brasileira do reality show “The Ultimate Fighter”, da
Rede Globo.
O próximo desafiante ao cinturão dos
pesados da principal instituição de MMA (mixed martial-arts) do mundo falou
ainda sobre as semelhanças entre as atmosferas de uma competição como o Grand
Prix Interclubes, entre equipes e num caldeirão, como a “Bombonera” sogipana, e
a do UFC, normalmente realizado em grandes ginásios onde o octógono fica
elevado aos espectadores mais próximos, porém, com ‘casa’ lotada, há
participação forte do público.
“Com certeza a sensação é bem parecida,
pelo fato do público, que faz toda diferença. Também pelo nervosismo, a
ansiedade de estar ali tentando ganhar a luta, superar os obstáculos. Tinha uma
competição de jiu-jitsu que eu disputava, me lembro que eu suava muito quando
chegava aos momentos próximos a ela. A tensão era enorme e eu ficava muito
nervoso e mais ansioso ainda. Realmente hoje em dia não sinto tanto isso no UFC.
Claro que fico nervoso, ansioso, mas quando eu competia de quimono essa tensão
era bem maior”, afirma.
Ao ver a competição por equipes, Werdum
avaliou também esse tipo de torneio, incomum entre as modalidades de combate.
No MMA, por exemplo, não existe.
“Acho que é um pouco menos de pressão
por ser entre equipes, né!? A pressão acaba sendo um pouco menor que nos
combates individuais. Claro que a sua luta é você sozinho, mas sempre
dependendo da equipe para poder ganhar cada confronto. É fundamental que essa
equipe esteja treinando junta o tempo inteiro, para ter aquela conexão, aquela
sinergia de equipe unida, de um ajudando o outro. Dessa forma, existe uma
grande chance de que a equipe consiga ganhar. Acho muito legal esse trabalho de
equipe, onde a galera motiva um ao outro”, avalia.
O próximo compromisso profissional do
“Vai Cavalo”, como foi apelidado Fabricio Werdum, será o maior de todos até
aqui em sua carreira no UFC: a luta pelo título mundial dos pesados contra o
norte-americano Cain Velásquez, atual dono do cinturão. A luta deve acontecer
no primeiro trimestre de 2014.
"O jogo casa pra mim; gosto desse
jogo de corpo a corpo. Vou ter que surpreender o mundo mais uma vez, de repente
um nocaute, de repente posso derrubá-lo, quem disse que não? Poucos têm a
confiança de fazer uma guarda. Se o Cain me derrubar e eu tiver que fazer uma
guarda, vou estar confiante. Mas e se eu aplicar uma queda e ele ficar por
baixo? Tenho certeza que ele vai me dar as costas. Ele não vai querer fazer uma
guarda, ele vai querer levantar", analisa o lutador gaúcho.
O Grand Prix Nacional Interclubes
feminino terminou com título do Minas Tênis Clube, ao vencer a SOGIPA por
quatro a um na grande decisão.
Foto:
retirada do site mmaweekly.com
Créditos: www.cbj.com.br
Autor: Assessoria de Imprensa
Autor: Assessoria de Imprensa
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