“Brasília
tem o seu destaque: na arte, na beleza e arquitetura”. Assim diz o samba
“Aquarela Brasileira” de Silas de Oliveira para a escola de samba Império
Serrano em 1964. Mas a capital federal também tem se destacado pela revelação
de judocas. Nesta quarta-feira, sobem ao tatame dois brasilienses que tiveram
um destino muito parecido. Saíram da terra natal e rumaram para Belo Horizonte
em busca de melhores condições de treino e de se desenvolverem no esporte.
Ketleyn Quadros na categoria leve e Vinicius Sakamoto Leal na meio leve são
conterrâneos, companheiros de clube e agora de seleção. O descendente de
japoneses garantiu uma vaga entre os três de sua categoria depois de vencer a
segunda etapa da Seletiva Rio 2016.“Sem dúvida alguma, eu coloco o título na Seletiva como um dos mais importantes da minha carreira até o momento. Eu vinha batendo na trave já há uns quatro anos”, disse.
Já Ketleyn com um longo currículo de conquistas internacionais pelo Brasil não precisou nem disputar a Seletiva. A atual sexta posição no ranking mundial deixa a atleta tranquila quanto a uma vaga dentro do grupo. Contudo, como o sonho é estar representando o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ela sabe que precisa mostrar serviço em todas as competições por conta da forte concorrência de Rafaela Silva, atual campeã mundial, na mesma categoria.
“É bem mais tranquilo porque agora a disputa é indireta, não tem tanta rivalidade. Mas é lógico que a cobrança é grande. É preciso estar sempre chegando na disputa por medalhas para continuar dentro do planejamento da comissão técnica e ir subindo no ranking”, disse Ketleyn, que esse ano foi bronze no Grand Prix de Dusseldorf e quinta no European Open de Roma.
Ketleyn estreia contra a boliviana Karen Herrera de apenas 19 anos mas tem a experiente argentina Melissa Rodriguez – 32 anos e atual 37ª do ranking mundial – como a principal adversária para renovar o ouro conquistado há quatro em Mendellin, na Colômbia. Já Vinicius não terá nenhum adversário muito expressivo pela frente. O melhor colocado no ranking mundial na categoria dele é o venezuelano Sergey Matteo, de 31 anos, atual número 60 do mundo. A primeira luta dele será contra o argentino Laureano Martin, número 99 do ranking.
“Representar o Brasil é um sonho. Dá aquele friozinho na barriga por conta da responsabilidade, do peso dessa bandeira mas, por outro lado, é um orgulho muito grande. Espero muito poder ter a sensação de ouvir o hino brasileiro tocando do alto pódio”, disse Sakamoto, que já tem a próxima competição definida: o Grand Prix de Samsun, na Turquia.
Além dos brasilienses, o Brasil será representado por Mariana Silva (63kg) e Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg).
Foto: Washington Alves/Inovafoto/COB
Fonte:
www.cbj.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário